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terça-feira, 30 de abril de 2013

2013

nunca me senti tão sozinho em toda a minha vida.
não é uma solidão de pessoas. é a sensação de estar vazio embaixo dos meus pés.
um golpe violento nas bases, que já não estavam lá tão fortes.
você diz com veias saltadas "mil cairão ao meu lado, dez mil a minha direita e não serei atingido", até que veja tudo desmoronando a sua volta. então as veias se encolhem, as sobrancelhas se contorcem, o fôlego se perde.
se eu fosse interpretar uma cena de filme, em que existe um exército inteiro correndo em direção a um só homem, poderia interpretar esse homem perfeitamente, exatamente agora.
as pessoas vivendo a sua volta. os mesmos assuntos, a mesma rotina... pra elas. porque meu rosto está quente, enquanto conversam comigo, por causa da mudança repentina do destino.
em que se apoiar se não há mais chão?
fica um pedido. pra que venha atrás de mim, pois minhas forças se acabaram pra buscar.
mas ainda sei fingir a alegria, só não sei quanto tempo sei viver sem que ela seja verdadeira.
um pingo só de fé pra eu acreditar que essas coisas fazem a gente ver lá na frente que foi bom pra crescer.
mais um pingo pra eu crer que tudo vai ficar bem.
e uma terceira gota só pra eu confiar que você está aqui, agora, comigo.