estou em casa há algumas semanas. foram dias bem difíceis... eu estava muito ativo em afazeres. minha rotina era ir todos os dias da semana pra igreja pra apresentar uma peça teatral, tocar teclado, cantar e ver pessoas aceitando a Jesus. muitas viagens, pra diversos lugares. uma rotina bem cansativa, mas extremamente produtiva.
a rotina desde que cheguei em casa foi; fazer nada, sair com alguns amigos (pouquíssimos que tenho) uma ou duas vezes por semana, correr, ficar em casa sem fazer nada, fazer mais um pouco de nada e tentar arrumar coisas pra fazer...
vim pra fazer um curso, mas ainda não começou. algumas semanas depois dessa rotina, o resultado foi; estou bem desanimado, com medo, confuso, frustrado, sem esperança, sem fé, etc... rs.
cheguei a me encontrar levemente deprimido, por diversos motivos. nem foi pela rotina em si, embora tenha sido bem difícil me adaptar (se é que me adaptei).
minha igreja é um pouco diferente. não existe uma sede, um prédio onde possa se fazer uma reunião com grande número de pessoas, com uma banda, e tudo o mais que estamos acostumados a encontrar numa igreja. nos reunimos numa casa.
ta bom, paulinho. já desabafou, contou um monte sobre sua vida... onde você quer chegar? rs.
existe uma música que se chama 'song of the martyrs' da cantora suzy wills.
ela diz basicamente que podem tirar tudo o que ela tem, mas nada pode a separar do amor de jesus. diz que pode ser tirado seus olhos, mas ela ainda poderá vê-lo. pode ser tirada sua língua, mas seu coração continuará a cantar. pode ser tirada sua casa, mas ela viverá nele... pois nada pode a separar do amor de jesus.
sabemos coisas simples como cristãos. que devemos estar alicerçados em jesus e não nos homens e nas coisas. que ele é quem nos satisfaz e não os homens e as coisas. que nele temos tudo o que precisamos, etc, etc, etc.
me vi provado essas semanas, e juntamente comigo, a igreja que se chama de cristo nos nossos dias.
estou sem dançar há 3 anos... me empenhei por muitos anos pra ser bailarino. estudei e paguei um preço muito alto. na minha igreja, na minha vida pessoal, além das adversidades naturais que todos enfrentam em suas profissões e naquilo que escolheram como rotina em suas vidas. foi árduo e penoso. e sinto que há três anos, todo esse trabalho -árduo e penoso e etc- foi perdido.
essa semana, senti ter perdido muitas coisas. estou sem cantar todo esse tempo, sem tocar, sem ministrar, sem estar no lugar que estava acostumado, com aquela cultura de ir a um lugar com um som legal pra tocar, cantar, fazer um apelo...
por que eu senti tanta falta e me afetou tanto?
a verdade difícil de admitir é que talvez eu não estivesse tão firmado naquele discurso de que 'jesus é tudo o que eu preciso'.
será que o que me manteve esses anos foram as músicas com letras bonitas e emocionantes que me fortaleciam? será que era a rotina do ativismo? será que o motivo de eu ser motivado até hoje era o fato de ter muitas pessoas dentro da reunião que chamamos de culto? será que eu estava firmado em jesus ou na cultura evangélica que eu vivia?
essas coisas me foram tiradas. não foram tirados os meus olhos, ou minha língua, nem minha casa, como naquela música. mas minha cultura. a sensação das coisas não darem certo veio pelas coisas que foram tiradas.
isso mexeu forte com minhas estruturas, é só dar uma olhada no meu texto anterior.
muitos acontecimentos fortes a minha volta, além da minha vida pessoal foram, na verdade, 50% da causa desse balanço na minha estrutura.
isso me mostrou onde estava meu alicerce. e não era em jesus. não era em 'ele me satisfaz e nele tenho tudo o que eu preciso'.
daniel quando foi levado a babilônia, foi tirado de sua cultura, de seus costumes e perdeu tudo o que tinha. mas nada disso era necessário. pois tudo o que ele precisava não poderia ser tirado.
vejo tantas pessoas se desviando por ter falta disso ou daquilo. muitas pessoas, mesmo(!).
preciso mudar. preciso trocar minhas bases. me sentir completo em estar em casa e ver como a oportunidade de gastar todo o meu tempo livre na presença do único que pode me satisfazer. pois podem tirar minha cultura, o salão de reuniões, meu pastor, o som alto, as músicas, meu ministério, e tudo o que tenho. mas nada pode me separar de jesus. e isso não pode incluir frustrações pelas perdas.
não se apoie na cultura evangélica, ela pode ser tirada, assim como já está sendo tirada e modificada. além de ter um fator -muito complexo pra entrar fundo agora- de que essa cultura está longe de ser a cultura do reino de D'us. se agarrar a ela ou a qualquer outra coisa ou alguém, é fazer uma contagem regressiva pra ser um desviado a qualquer momento, por não ter se sentido satisfeito e frustrado.
tão somente apeguem-se com firmeza ao que vocês têm, até que eu venha. (ap. 2.25)
eu tenho tudo o que eu preciso. pois podem me tirar tudo, mas nada pode me separar do amor de jesus.
. . .
segunda-feira, 6 de maio de 2013
terça-feira, 30 de abril de 2013
2013
nunca me senti tão sozinho em toda a minha vida.
não é uma solidão de pessoas. é a sensação de estar vazio embaixo dos meus pés.
um golpe violento nas bases, que já não estavam lá tão fortes.
você diz com veias saltadas "mil cairão ao meu lado, dez mil a minha direita e não serei atingido", até que veja tudo desmoronando a sua volta. então as veias se encolhem, as sobrancelhas se contorcem, o fôlego se perde.
se eu fosse interpretar uma cena de filme, em que existe um exército inteiro correndo em direção a um só homem, poderia interpretar esse homem perfeitamente, exatamente agora.
as pessoas vivendo a sua volta. os mesmos assuntos, a mesma rotina... pra elas. porque meu rosto está quente, enquanto conversam comigo, por causa da mudança repentina do destino.
em que se apoiar se não há mais chão?
fica um pedido. pra que venha atrás de mim, pois minhas forças se acabaram pra buscar.
mas ainda sei fingir a alegria, só não sei quanto tempo sei viver sem que ela seja verdadeira.
um pingo só de fé pra eu acreditar que essas coisas fazem a gente ver lá na frente que foi bom pra crescer.
mais um pingo pra eu crer que tudo vai ficar bem.
e uma terceira gota só pra eu confiar que você está aqui, agora, comigo.
não é uma solidão de pessoas. é a sensação de estar vazio embaixo dos meus pés.
um golpe violento nas bases, que já não estavam lá tão fortes.
você diz com veias saltadas "mil cairão ao meu lado, dez mil a minha direita e não serei atingido", até que veja tudo desmoronando a sua volta. então as veias se encolhem, as sobrancelhas se contorcem, o fôlego se perde.
se eu fosse interpretar uma cena de filme, em que existe um exército inteiro correndo em direção a um só homem, poderia interpretar esse homem perfeitamente, exatamente agora.
as pessoas vivendo a sua volta. os mesmos assuntos, a mesma rotina... pra elas. porque meu rosto está quente, enquanto conversam comigo, por causa da mudança repentina do destino.
em que se apoiar se não há mais chão?
fica um pedido. pra que venha atrás de mim, pois minhas forças se acabaram pra buscar.
mas ainda sei fingir a alegria, só não sei quanto tempo sei viver sem que ela seja verdadeira.
um pingo só de fé pra eu acreditar que essas coisas fazem a gente ver lá na frente que foi bom pra crescer.
mais um pingo pra eu crer que tudo vai ficar bem.
e uma terceira gota só pra eu confiar que você está aqui, agora, comigo.
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